SISAPE - Sistema de Acompanhamento de Projetos de Pesquisa e Extensão

Detalhes do Projeto

Título
Vivenciando o cuidado transpessoal na promoção de esperança à família de pessoas hospitalizadas com risco de morte.
Tipo de Projeto
Extensão
Coordenador(a)
Emanuelle Caires Dias Araújo Nunes
Tipo de Extensão
Eventual
Data Inicial
14/10/2013
Data Final
10/10/2014
Resumo
Este projeto surgiu das minhas inquietações enquanto enfermeira de Unidade de Terapia Intensiva, local onde convivi com famílias de pessoas hospitalizadas com risco de morte durante cerca de três anos. Naquele período, pude perceber a necessidade destes familiares serem acolhidos de forma mais proximal e sensível em suas inseguranças e sofrimento frente à possibilidade de perda relacionada ao estado grave de seus entes queridos. Esta situação também gerava angústia na equipe, que, embora se sentisse desafiada para um cuidar mais acolhedor, acabava assumindo uma postura de afastamento em prol da sua autoproteção. Partindo desta complexa conjuntura, foi que comecei a buscar subsídios para o desenvolvimento de habilidades capazes de transformar tal realidade. Dessa forma, conheci de maneira mais aprofundada, durante o Mestrado, o Cuidado Transpessoal, compreendido a partir da Teoria do Cuidado Transpessoal da Enfermeira Jean Watson que se refere a um cuidado mais sensível ao encontro da totalidade humana, envolvendo o zelo para além do corpo físico, até as necessidades da mente e da alma das pessoas. Ainda nesta busca, pude conhecer, por meio de pesquisa direcionada à estudantes concluintes do curso de enfermagem das Universidades Estaduais da Bahia, se estes sentiam-se preparados por sua graduação para prestarem o cuidado transpessoal. A pesquisa revelou que os cursos de graduação em enfermagem, embora introduzam o assunto, envolvendo o cuidado subjetivo: dar conforto; dialogar; incentivar a expressão de sentimentos, acolher, criar vínculos, entre outras ações voltadas à chamada “humanização da assistência”, não conseguem desenvolver habilidades substanciais nos discentes para a o exercício profissional transpessoal (NUNES, SILVA e PIRES, 2011). Os concluintes destacam que embora haja citações ao longo de algumas disciplinas sobre a importância desta postura, estas submergem em face das cobranças avaliativas centradas na objetividade e nos procedimentos práticos, ressaltando, a inexperiência dos professores em ser exemplo de tais ações nas práticas, transformando a tentativa de busca por este cuidado apenas num discurso sem continuidade o que perdura o tema como um desafio para a saúde, especialmente a enfermagem (NUNES, SILVA e PIRES, 2011). Diante disso, resgato as diretrizes curriculares nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, as quais definem que a educação superior do enfermeiro deve primar pelo desenvolvimento de competências e habilidades humanistas, crítico-reflexivas, voltadas para dimensões biopsicossociais do ser humano, denotando à sua práxis senso de responsabilidade social pela saúde integral do outro e de si (autocuidado físico e mental) em busca da qualidade, eficiência e resolutividade no cuidado as vidas humanas (BRASIL, 2001). A práxis de enfermagem deve, então, transcender a ação técnica e ir ao encontro da ação responsável pelo crescimento mútuo de quem cuida e de quem é cuidado. Cuidar este, que requer o resgate do significado da existência humana, o qual somente poderá ser alcançado quando sentido e vivido pelo amor e respeito à dignidade da vida e da sensibilidade à sua existência (WALDOW, 1998). Entretanto, o desenvolvimento desta inter-relação no processo de cuidado depara-se com limitações que o profissional enfrenta para expor sua subjetividade e perceber/acolher a subjetividade do outro, como demonstram diversos estudos, ao apontar a formação superior de enfermagem como fragmentada e pautada no desenvolvimento de competências mais instrumentais do que emocionais, sendo então corresponsável pela dificuldade de aproximação intersubjetiva na práxis cuidativa, gerando dicotomia entre teoria e prática (SANTOS, CASÉ e BARROS, 2002; CORRÊA, SALES e SOARES, 2002; ESPERIDIÃO e MUNARI, 2004; ZOBOLI, 2007; OLIVEIRA e AMORIM, 2008). Deste modo, a relevância deste projeto de extensão: “Vivenciando o Cuidado Transpessoal na promoção de esperança à família de pessoas hospitalizadas com risco de morte” se mostra pela necessidade de oportunizar ao acadêmico de enfermagem e áreas afins, o desenvolvimento de habilidades humanísticas para o cuidado biopsicossocial e espiritual, capacitando-o para intervir de maneira mais significativa na promoção de esperança à família de pessoas hospitalizadas com risco de morte. Também se mostram relevantes os benefícios para as famílias, ao terem suas necessidades psicoemocionais acolhidas neste momento difícil. Assim, o projeto norteia-se pelos seguintes objetivos: Objetivo Geral: Acolher as famílias de pessoas hospitalizadas com risco de morte a partir da práxis do cuidado transpessoal. Objetivos Específicos: Conhecer a família em suas relações sistêmicas vinculares para promoção de esperança a partir dos seus recursos próprios; Viabilizar uma melhor comunicação entre equipe de saúde e famílias, diminuindo ruídos no processo; Oportunizar ao discente a vivência do cuidado transpessoal gerador de habilidades humanísticas para o cuidado biopsicossocial e espiritual.
Equipe Executora
NomeVínculoFunção no ProjetoCH Semanal
Caio Lopes dos Santos(não definido)Extensionista voluntário(não definido)
Carlos Sérgio Barbosa de Souza(não definido)Extensionista voluntário(não definido)
Luis Renato da Silva Ramos(não definido)Extensionista voluntário(não definido)
Sabrina Oliveira Reis(não definido)Extensionista voluntária(não definido)
Erica Silva do Carmo (não definido)Extensionista voluntária(não definido)
Andressa de Andrade Santos(não definido)Extensionista voluntária(não definido)
Thamara Souza Alves(não definido)Extensionista voluntária(não definido)
Kelly Fagundes Guimarães(não definido)Extensionista voluntária(não definido)
Emanuelle Caires Dias Araújo Nunes(não definido)Coordenadora(não definido)