Detalhes do Projeto

Paleoecologia isotópica dos megamamíferos do Quaternário da Região Intertropical Brasileira - ecologia alimentar (δ13C, δ18O), largura e sobreposição de nicho ecológico

Pesquisa

Mário André Trindade Dantas

Na Região Intertropical Brasileira – RIB fósseis de mamíferos são comumente encontrados em tanques ou em cavernas, em ambos podem ser encontrados fósseis de animais de médio e grande porte, mas a ocorrência de animais de pequeno porte ocorre com maior frequência em cavernas. Estas diferenças se devem principalmente ao tipo de ambientes deposicionais que são encontrados em cada um desses depósitos fossiliferos. Os dados de razão isotópicas de carbono (δ13C) publicados para a RIB pertencem a cinco taxa: as preguiças gigantes Eremotherium laurillardi (Lund, 1842) e Valgipes bucklandi (Lund, 1839); o mastodonte Notiomastodon platensis (Ameghino, 1888); o toxodonte, Toxodon platensis Owen, 1840; e o cavalo Equus (Amerhippus) neogeus Lund, 1840, apesar de possuirem poucos dados, apresentaram um interessante padrão para esta região, as espécies E. laurillardi, N. platensis e T. platensis possuíam uma dieta generalista e viveram em uma variedade de habitats durante o final do Pleistoceno. No entanto, os dados ainda são pontuais, e, por isso, é necessário gerar mais dados acerca da paleoecologia (paleodieta e paleoambientes) das espécies da assembleia da megafauna de mamíferos que viveram durante o Pleistoceno final na Região Intertropical Brasileira, além de melhorar as interpretações sobre as mudanças climáticas, e seus impactos na megafauna, permitindo um refinamento de hipóteses sobre a extinção da megafauna durante o Pleistoceno final.