Detalhes do Projeto
Título | ANÁLISE DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA EM PACIENTES INFECTADOS POR SARS-COV-2 COM DIFERENTES MANIFESTAÇÕES DA COVID-19.
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Tipo de Projeto | Pesquisa
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Coordenador(a) | Fabrício Freire de Melo
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Resumo | A cura da infecção por SARS-CoV-2 requer resposta iniciada por células do trato respiratório, resposta inata e
adaptativa. Início da resposta inata se dá nas células epiteliais do trato respiratório, ocorrendo atração de NK,
macrófagos e células dendríticas que após maturação nos linfonodos passam a recrutar e ativar linfócitos, visando
manter a homeostasia; entretanto, essa pode ser rompida havendo resposta inflamatória excessiva. Dentre as células
que podem ter papel na resposta desarmônica, salienta-se a Th17. Em viroses respiratórias há concentrações elevadas
de IL17, como observado no vírus respiratório sincicial em seres humanos e animais. IL17 e também IL6 estão
aumentadas na infecção humana e animal pela influenza. IL6 também está aumentada na SARS-MERS. Como
contraponto à célula Th17, merece destaque a citocina IL27, potente inibidor da diferenciação de Th17. IL27 é crucial na
proteção contra inflamação durante a infecção pelo influenza. Na infecção por RSV em camundongos deficientes de
IL27RA houve aumento IL17A. Em camundongos deficientes de IL27 com vírus parainfluenza observou-se lesões
pulmonares e diminuição de sobrevida. Já a osteopontina (OPN) estimula a diferenciação de células Th17 e está
aumentada em condições clínicas associadas com inflamação. OPN atua como uma molécula quimiotática promovendo
a migração de células inflamatórias e age como adesina. Vale ressaltar que em células dendríticas, iOPN tem uma
função de diminuir IL27 levando a um adicional aumento da resposta Th17. Não há estudos avaliando OPN em COVID-
19, mas os níveis de OPN foi visto estarem elevados e associados com o grau da lesão pulmonar e os níveis de
TNFalpha; e IL6 na influenza. A proposta é pautada na identificação de fatores do hospedeiro associados à evolução
para as diversas formas da doença causada pela SARS-CoV-2, bem como daqueles associados à resistência de
indivíduos infectados que se mantêm assintomáticos. Nesse contexto, a avaliação da IL-27como uma molécula chave
na história natural da COVID-19 pode revelar seu potencial para uso como tratamento dos casos mais graves de COVID-
19 ou mesmo para prevenir que venham ocorrer. Assim, considerando que é a COVID-19 é uma doença emergente
grave que pode ser letal, tem impacto no sistema de saúde público e na economia do país, o conhecimento do perfil de
citocinas das respostas imunológicas inata e adaptativa do hospedeiro é fulcral para que se entenda o desfecho da
infecção e, consequentemente, para que possam ser traçadas estratégias terapêuticas.
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Equipe Executora |