Detalhes do Projeto

Atividade antimicrobiana de extratos de Spondias tuberosa Arruda e Passiflora cincinnata Mast. frente a micro-organismos de importância clínica.

Pesquisa

Milena Soares dos Santos

O uso de extratos vegetais e fitoquímicos com fins medicinais é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Embora a indústria farmacêutica tenha produzido novos antibióticos, o consumo excessivo e seu uso indiscriminado em escala global, tem resultado no aumento da resistência bacteriana o que implica na redução das opções de tratamento. Muitos trabalhos têm sido realizados em busca de novas plantas com atividade antimicrobiana quanto ao seu potencial frente a micro-organismos de importância médica, principalmente aquelas utilizadas para o tratamento de doenças infecciosas. Dentre as espécies que compõem o bioma da caatinga, bastante explorados quanto ao consumo do fruto e subprodutos alimentícios, destacam-se o umbu e o maracujá-do-mato. A importância regional destas espécies é indiscutível e são utilizadas não somente com fins nutritivos (consumo in natura, como suco, doce, geleia, sorvete, entre outros), mas também para fins medicinais. Dentre os micro-organismos causadores de infecção nosocomial em hospitais brasileiros, as bactérias Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e o fungo Candida albicans são considerados como principais patógenos responsáveis por infecções em diversos sítios do corpo humano, especialmente em pacientes imunocomprometidos, amplamente distribuídos no meio ambiente e na comunidade, consistindo em ameaça à saúde pública. Devido à seleção de micro-organismos patogênicos resistentes às terapias antimicrobianas, o uso de extratos de origem natural torna-se uma alternativa eficaz e econômica. Considerando a necessidade de valorização da utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário e na atenção básica à saúde, este projeto tem como objetivo de avaliar o potencial antimicrobiano de extratos aquosos e hidroalcóolicos das espécies Spondias tuberosa e Passiflora cincinnata frente aos micro-organismos de importância médica S.aureus, E.coli, P.aeruginosa e C.albicans.