Detalhes do Projeto
Título | Comunidade de formigas epígeas em fragmentos de mata no ecótono Mata Atlântica - Caatinga.
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Tipo de Projeto | Pesquisa
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Coordenador(a) | Márcio Borba da Silva
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Resumo | Devido a essa íntima associação com a estrutura e complexidade da vegetação, estudos das comunidades de Formigas são essenciais para conservação da biodiversidade tropical e, nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a comunidade de formigas da serapilheira (epígeas) e relacioná-la a grau de conservação de fragmentos de mata de cipó de Domínio Mata Atlântica. A Mata Atlântica, embora um bioma relativamente bem estudado, ainda possui lacunas de conhecimento sobre sua biodiversidade de Formicidae especialmente em regiões de ecótono como a que ocorre com o Domínio da Caatinga. Nossa hipótese é que habitats estruturalmente menos complexos abriguem uma menor diversidade de formigas e apresentem uma composição com predominância de espécies mais generalistas, de menor requerimento alimentar e de locais para nidificação. Para tanto serão selecionados dois fragmentos de mata. O primeiro fragmento localiza-se no território da UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), no municipio de Vitória da Conquista, que está localizado na região sudoeste do estado da Bahia, estando entre as coordenadas de 14°30' e 15°30' de Latitude Sul e 40°30' e 41°10' de Longitude W, possui área de 3.705,83 km. O segundo fragmento localiza-se na Fazenda Rio dos Porcos, na BA-641 entre os municípios de Barra do Choça e Vitória da Conquista, a região situa-se no planalto da conquista, área de aproximados 22.510 km² que abrange os municípios de Barra do Choça, Vitória da Conquista, dentre outros. As coletas das formigas serão realizadas por meio de uma adaptação do Protocolo ALL (Agosti et al. 2000) que une a utilização de armadilhas Pitfall e sacos winkler. A coleta consistirá em trinta pontos que serão selecionados aleatoriamente da área de amostragem em cada fragmento. Cada ponto será separado dos demais por intervalos de no mínimo 20 m. Em cada ponto de amostragem será instalada uma armadilha de queda contendo apenas água e solução à base de detergente, que permanecerá no campo por 24 horas. Depois deste período, os espécimes serão fixados em álcool 70% e levados ao laboratório para posterior identificação. Nos mesmos pontos, serão retiradas amostras de serapilheira de 1m2 de área, que será peneirada e separada em sacos para extração de espécimes por meio de extratores de Winkler. Os extratores permanecerão ativos por 48 horas, durante este período as formigas migrarão para dentro dos recipientes com álcool 70%. A fim de avaliar quais fatores ambientais estão relacionados com diversidade das comunidades de formigas, em cada ponto de coleta serão realizadas as seguintes medições: estrutura da vegetação, como profundidade de serapilheira, fotografias tiradas a partir do chão para comparação da altura e densidade das copas das árvores em cada ponto amostral, e aferição do pH do solo. As formigas serão triadas por morfoespécie e a identificação será realizada no Laboratório de Zoologia do IMS/CAT/UFBA. As identificações das espécies serão conduzidas por meio de chaves taxonômicas e por comparação com as coleções do Laboratório de Mirmecologia do Centro de Pesquisa do Cacau CEPEC/CEPLAC em Itabuna, Bahia.
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Equipe Executora |