Detalhes do Projeto

PRÓPOLIS DE ABELHAS SEM FERRÃO COMO ESTRATÉGIA SUSTENTÁVEL NO CONTROLE DE FITOPATÓGENOS

Pesquisa

Danila Souza Oliveira Coqueiro

O Brasil mantém uma posição de destaque no cenário global de produtividade agropecuária; no entanto, a ameaça de doenças aos cultivos tem comprometido esse desempenho. A fim de atenuar tais danos, a estratégia convencional envolve o uso de uma combinação de defensivos agrícolas durante o ciclo de cultivo. Apesar disso, os resultados alcançados não têm sido satisfatórios. No ano de 2019, o consumo de pesticidas no Brasil atingiu a marca de aproximadamente 400 mil toneladas, situando o país como um dos principais consumidores globais de fertilizantes inorgânicos. Embora esses compostos ofereçam vantagens à agricultura, cresce o apelo por sua redução devido aos potenciais riscos que apresentam tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente. Diante desse contexto, emerge a necessidade de adotar alternativas de manejo de doenças que acarretem baixo impacto e, simultaneamente, agreguem valor aos produtos no mercado. Esta proposta visa a investigar o efeito do extrato de própolis provenientes da abelha jataí sobre uma cultura de relevância significativa para o estado da Bahia: o maracujazeiro amarelo. A avaliação do potencial antimicrobiano do extrato será conduzida, enfocando especialmente a inibição de fungos que afetam essa cultura. Além disso, buscar-se-á examinar a capacidade dos extratos de própolis em induzir mecanismos de defesa nas plantas, ampliando, assim, sua resistência contra patógenos. Nesse sentido, a pesquisa não somente visa contribuir para a eficácia do controle fitossanitário, mas também a promover a adoção de métodos ecologicamente mais sustentáveis. Com resultados promissores, esse estudo poderá oferecer uma estratégia valiosa para a proteção das culturas, minimizando os impactos adversos associados ao uso intensivo de defensivos químicos e fertilizantes.